Vamos continuar nossa jornada pela história das Velas com a Memi?
Período Colonial - EUA
As mulheres coloniais ofereceram a primeira contribuição à arte de fazer velas, quando descobriram que, ao ferver bagas verde acinzentadas das frutinhas de árvores e arbustos de bayberry (Myrica), era produzida uma cera de aroma adocicado que também queimava de forma limpa.
Todavia, a extração da cera de bayberry era extremamente tediosa e lenta, fazendo a popularidade das velas de bayberry diminuírem.
O crescimento da indústria de pesca de baleias no século XVIII trouxe a primeira grande mudança desde a Idade Média na produção de velas, quando o espermacete (uma cera obtida ao cristalizar o óleo do esperma de baleias) se tornou disponível em grandes quantidades. Como a cera de abelha, a cera de espermacete não emitia um odor repugnante ao ser queimada e ainda produzia uma chama significativamente mais forte. A vela de cera de espermacete era também mais dura do que a de sebo ou de cera de abelha, então ela não amolecia ou se curvava no calor do verão. Historiadores apontam inclusive que as primeiras "velas padrão" foram feitas com cera de espermacete.
Avanços no século XIX
Boa parte dos desenvolvimentos que impactaram a fabricação de velas contemporânea ocorreu durante o séc. XIX. Nos anos 1820, o químico francês Michel Eugene Chevreul descobriu como extrair o ácido esteárico de ácidos graxos provenientes de animais. Isto levou ao desenvolvimento da cera do tipo estearina, que era rígida, durável e queimava de forma limpa. Velas de estearina continuam populares na Europa até os dias de hoje.
Em 1834, o inventor Joseph Morgan auxiliou a ampliar a indústria de velas moderna ao desenvolver uma máquina que possibilitava a produção contínua de velas em moldes, empregando um cilindro com um pistão móvel que ejetava as velas quando se solidificavam. Com a introdução da produção mecanizada, as velas se tornaram um bem facilmente acessível para a população.
A cera de parafina foi introduzida nos anos 1850, após químicos descobrirem como separar e refinar a substância cerosa que aparecia naturalmente no petróleo de maneira eficiente.
A parafina foi uma descoberta estrondosa na indústria de velas por sem inodora, de cor branco-azulada, queimar consistentemente sem produzir muita fumaça e ser mais econômica na produção do que qualquer outra fonte. Sua única desvantagem era um ponto de fusão baixo, o que foi superado ao adicionar o robusto ácido esteárico, que havia se tornado popular e acessível.
Em 1879, com a introdução dos bulbos de luz ou lâmpadas como conhecemos atualmente, a arte de fabricar velas caiu em declínio.
O Século XX
Nossas queridas velas tiveram popularidade renovada durante a primeira metade do séc. XX, quando o crescimento das indústrias americanas de óleo e de enlatados de carne causaram um aumento nos subprodutos que eram ingredientes básicos na produção de velas - a parafina e o ácido esteárico.
Essa popularidade continuou constante até a metade dos anos 1980 quando houve aumento no uso de velas como artefatos decorativos, criadores de ambientes acolhedores e presentes. Neste ponto, velas eram acessíveis em diversos formatos, tamanhos e cores e, assim, o interesse em velas aromáticas também se intensificou.
Os anos 1990 testemunharam um verdadeiro surto de popularidade das velas e, pela primeira vez em mais de um século, novas ceras começaram a ser desenvolvidas. Agricultores e químicos americanos desenvolveram a cera de soja, mais macia e de queima mais lenta do que a parafina. Em outros lugares, também se desenvolvia a cera de palma.
As Velas Atuais
Nossas amadas velas percorreram um longo caminho desde seu uso inicial. Ainda que não sejam mais empregadas como fonte principal de iluminação, elas continuam crescendo em popularidade e uso. Atualmente, velas são queimadas para simbolizar celebrações, promover romance, acalmar os ânimos, honrar cerimônias e - por que não? - acentuar aromas e decorações, lançando um brilho encantador e adorável para a apreciação de todos.
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Referência: www.candles.org (tradução própria)
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